Os 150 planos de saúde que tiveram a venda suspensa na quarta-feira (13) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar vão passar por uma análise detalhada e só poderão voltar a ter novos clientes quando resolverem os problemas.
“Eu tenho duas queixas: o preço, que está com um custo altíssimo, e agora até para conseguir determinados exames, consultas tem sido muito demorado”, afirma uma mulher.
O consumidor não está nada satisfeito. De junho a setembro deste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar recebeu 15 mil reclamações. As empresas com o maior número de queixas e que não solucionam os problemas são punidas.
A partir da próxima segunda feira, 150 planos de 41 operadoras vão ter a venda para novos clientes suspensa por pelo menos três meses. Planos que se recusam a autorizar procedimentos que estão no contrato é uma das principais reclamações dos consumidores, mas muitos também se queixam da demora para agendar exames, consultas e cirurgias.
“Fui marcar exame na semana passada, disseram quando abrir novembro você vai marcar para janeiro. Quer dizer, então eu vou para o SUS”, reclama uma mulher.
O prazo máximo estabelecido pela ANS é de três dias para marcação de exames, sete para consultas e vinte e um dias para marcação de cirurgias. E a rede de atendimento também deixa a desejar.
“Não ter aonde fazer determinado exame. Às vezes você não tem e quando tem é muito longe. Internações, então, tornam-se praticamente impossíveis”, afirma o analista de sistemas Mauro Dominguez.
Quando melhoram o atendimento, as empresas podem voltar a vender os planos. Agora, a ANS liberou a comercialização de 36 planos de sete operadoras que tinham sido suspensos.
“É preciso que o atendimento seja garantido em tempo oportuno. Que o consumidor procure a sua operadora para garantir esse atendimento. Em caso de negativa de cobertura, ou que essa cobertura se dê fora dos prazos estabelecidos, ele deve procurar a agência”, afirma o presidente da ANS, André Longo.
“Acho um absurdo a gente pagar caro e não ter quando precisa”, lamenta.
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo, Abramge, e a Federação Nacional de Saúde Suplementar querem uma revisão dos critérios adotados no processo de avaliação dos planos de saúde pela ANS.
Veja aqui a lista completa dos planos suspensos pela decisão da ANS.
Fonte: Bom dia Brasil